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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Minha experiência como voluntária num hostel na Holanda

Parece que eu abandonei o blog, né? Pois é, eu meio que abandonei mesmo... masssss estou de volta! E pra contar como foi a minha experiência como voluntária num hostel em Rotterdam, na Holanda.

Já contei em outro post como eu consegui essa oportunidade, dá uma olhadinha aqui ó: Trabalho em troca de estadia. No meu caso, eu me inscrevi no workaway, falei com várias pessoas até que uma delas me respondeu, a Anick, do Hostel Room Rotterdam (pra falar a verdade, depois de falar comigo a Anick cancelou a conta no workaway e eu acabei acertando tudo com ela por e-mail mesmo, mas o contato inicial foi pelo site). Papo vai, papo vem, a gente combinou uma data boa para ambas as partes e lá fui eu, comprar passagem, planejar tudo, meter as caras, basicamente.

Deixa eu contar pra vocês que eu já havia me hospedado nesse hostel antes. Isso não é imprescindível, é claro, aliás, eu só notei que era o mesmo hostel quando eu vi as fotos da Lexie, a cachorra mais fofa e adorável que eu já conheci e que vive lá no hostel.

Olha ela toda fofa e fedida esquentando o meu lugarzinho na minha cama <3

Pois bem, foi assim que aconteceu, eu queria ficar um tempo na Holanda e nenhum hostel de Amsterdam me respondia, aí apareceu um hostel de Rotterdam na jogada e eu lembrei de como tinha adorado a cidade, e eis que plin! Era o mesmo hostel que eu tinha me hospedado, eu tinha adorado o lugar e aí não foi difícil decidir.

Enfim chegou o dia de partir pra minha jornada, e eu fui, me cagando - medo de avião, medo de me sentir sozinha, medo de querer voltar, medo de não gostar ou de não conseguir fazer o trabalho. Cheguei no hostel, não conhecia ninguém, foi esquisitíssimo, me mostraram o que eu teria que fazer, me apresentaram os outros voluntários, os funcionários, o meu quarto. E foi isso, basicamente.

Agora, deixa eu te falar umas coisas sobre viajar sozinha.

Viajar sozinha não é fácil, mas pode ser maravilhoso

Fazer uma viagem dessa magnitude sozinha (eu fiquei um mês trabalhando no hostel e depois viajei por mais 20 dias) não é exatamente fácil. Você se sente sozinha, as vezes você quer compartilhar o que tá acontecendo com alguém, e você quer que seja naquele minuto. Você pode se sentir perdida, triste, solitária. Então vai aí a minha dica: Se enturme! Acredite ou não, as pessoas desconhecidas não são totais estranhos como a sua mãe te fez acreditar esse tempo todo, muitas delas estão exatamente na mesma situação que você e vão a-do-rar fazer uma amizade. Quando você viaja sozinha você se obriga a conhecer gente, a fazer amigos, e você aprende demais com isso. Mais uma coisa, use a sua brasilidade a seu favor, hehe. Gringos amam brasileiros, sério. E não de um jeito ruim e racista (bom, nem sempre pelo menos), eles simplesmente adoram o nosso jeito mais aberto de ser, e estão sempre prontos pra falar de futebol, natureza, festas. Sério, tô pra ver um gringo que não adore o Brasil e os brasileiros. Vou te dizer mais, no meu primeiro dia no hostel eu resolvi fingir que não sou uma pessoa tímida e que morre de vergonha de falar inglês por aí, fui sentar sozinha no balcão da área comum, pedi uma brejinha no maior estilo holandês e em meia hora estava bebendo com o pessoal do hostel, conversando com os hóspedes, me divertindo pra cacete! Talvez até demais, fui dormir as 5 da manhã e já comecei meu primeiro dia de ressaca, mas isso é coisa pra outro post.

O trabalho

Bom, esse é um ponto importante né. Trabalhar como voluntário normalmente quer dizer que você vai fazer coisas que são necessárias, e não coisas que você quer. Eu, por exemplo, fui pro hostel sabendo que teria que acordar cedo, tomar café e começar as 8h da manhã a arrumar os quartos e camas, subir e descer escadas com saco de lixo, aspirador de pó, lençóis. Sabia que teria que limpar os banheiros, as cabininhas de banho, pias, privadas. Mas na boa, eu fazia isso tudo com um sorriso no rosto. As 7:30 da manhã a voluntária americana super fofa que trabalhava com a gente acordava, acendia a luz e nos dava bom dia. O outro voluntário, olha só, era brasileiro também! A gente levantava, ia tomar café da manhã com os hóspedes e as 8h começávamos o trabalho, que ia até meio dia normalmente, no máximo até as 13h. Ao fim do "expediente" nós tínhamos um almoço, que em holandês quer dizer mais um sanduíche igual o do café da manhã, rs, mas tava incluso e tinha free holand cheese, era uma delícia. Você percebeu que eu tinha a tarde livre todos os dias? Além de ter 2 dias na semana totalmente livres nos quais eu ia conhecer a cidade com a minha bike (que eu comprei por 50 euros e vendi pelos mesmos 50 pra uma brasileira fofa que ficou no hostel enquanto não encontrava moradia), ou ia passear com os outros voluntários, ou dormia já que eu passava todas as minhas noites no bar do hostel conhecendo gente e bebendo com o night shifter da vez (o bar do Hostel Room é 24 horas, funciona junto com a rececpção, amém!).

Ah lá eu e a minha bike linda, mara, eike saudades!

E valeu a pena???

Essa foi de propósito, só pra você ler o subtítulo aí de cima cantando aquela música desgracenta do Rappa que nunca mais sai da sua cabeça - Valeu a pena, ê, ê, valeu a pena, ê, ê! - soframos todos juntos pra tirar isso da cabeça agora.
Mas brincadeiras e sadismos a parte, cara, valeu MUITO a pena. Além de eu descobrir um talento especial na arte de arrumar camas, eu conheci tanta gente, mas tanta gente, de tantos lugares, tantas idades, classes, cores, ideias, ahhhhhh foi uma delícia. Eu tive que driblar a minha timidez e falar inglês com praticamente todo mundo, inclusive com o brasileiro que trabalhava comigo, a gente não queria ser mal educados e falar em português no meio do povo, né? Eu tive que me virar num lugar desconhecido, com gente desconhecida, eu viajei de bicicleta de uma cidade pra outra sem entender as placas, seguindo o GPS do celular, parando em cada lugar lindo que me dava vontade. Eu convivi com holandeses, eu vivenciei a Holanda, Rotterdam, de verdade, não só a maconha e a Red Ligth de Amsterdam.
Chegar naquele hostel foi foda, por n motivos, mas sair foi igualmente difícil. Me despedir daquelas pessoas que na sua maioria também estavam longe de casa, daquelas pessoas que me fizeram me sentir acolhida e amada, mesmo que por um mês, foi realmente difícil. Mas valeu cada minutinho, cada bebedeira, cada privada suja.

Dank je wel!


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Transporte - Eurotrip


Nem todo mundo curte ficar dias na net procurando ofertas de passagens aéreas, de trem ou ônibus, é trabalhoso pra caceta e muitas vezes os sites travam no meio te deixando a beira de um ADP (Um ataque de pelanca! Não? Não entendeu? Não viu "As Branquelas?" Ok, não forço mais a piada...).

Tá, parei.

Contrariando tudo e a todos eu confesso: ATORON procurar essas coisas!!! E é isso que vou contar pra vocês nesse post.
Já peço desculpas pelo post incompleto já que a minha experiência é procurar por essas coisas pra países europeus, mas prometo que farei outros posts dando dicas pros outros cantos do mundo assim que possível.
Cortando a ladainha, lá vai:

Passagens Aéreas

BRASIL - MUNDO: É meu bem, esse é o tópico mais sofrido, é aquele que pesa nos nossos pobres e humildes bolsos. Mas é possível achar umas boas promoçãs e conseguir economizar uma graninha. Depois de tanto tempo procurando passagens aqui e alí eu devo dizer que para vôos saindo de território nacional, o campeão dos preços justos é sem dúvidas o decolar.com. Você põe lá quando quer ir e voltar e plin! Vôos realmente mais baratos. Vale lembrar que o preço da passagem não inclui as taxas de embarque, para saber o total a ser desembolsado finja que você vai realizar a compra. Não se preocupe, você não tem que pagar nada nem dar nenhum dado seu até que você confirme a compra de fato.
Desconfiada que sou, costumo ver no decolar.com as melhores ofertas e para garantir, entro o site da companhia aérea que o decolar indicou e faço o mesmo procedimento de busca/compra da mesma passagem, pra ver se vale mais a pena comprar direto com a Cia. Vou dizer, só uma vez isso foi mais econômico, todas as outras o decolar ganhou de lavada.

EUROPA - MUNDO: Aqui foi onde me surpreendi. Vai procurar no decolar.com uma passagem da Itália pra França... meu amigo, você vai ficar chocado! Eis que fuçando aqui e alí acabei por entrar no site da skyscanner.pt. É isso mesmo, você não leu errado, é um site português. Hoje, se você tentar esse link vai redirecionar pra versão brasileira, não tem problema. Vai lá no canto direito superior da página e muda o seu país de origem pra Portugal. Usando a versão portuguesa do site você tem acesso às companhias aéreas europeias e com a super vantagem de estar tudo em português! Pronto, faz a sua busca lá do mesmo jeito que você fez no decolar.com, lembre-se que as taxas de embarque não estão inclusas e finja que vai comprar a passagem pra ver o preço total.
Outra coisa importante, vôos muito baratos normalmente só incluem bagagem de mão, então dê uma entradinha no site da cia aérea que você encontrou e veja quanto eles cobram por mala despachada. Normalmente não é um grande absurdo e reservando pela internet você tem um descontão! Nunca, repito, NUNCA deixe pra pagar o despache da mala na hora ou ainda, não tente levar uma malona enorme como bagagem de mão. Isso não dá certo e no fim você vai ter que despachar a sua mala E pagar o preço total por isso, na hora, não tem choro nem vela. Fique de olho também no peso que a sua mala pode ter. Se a mala estiver mais pesada, meu bem, você tem duas opções: pagar o peso extra (WTF!!! Isso não é opção!!!) ou pagar um belo micão na frente de todo mundo abrindo a mala e vestindo o máximo de roupas que você conseguir pra esvaziar a bendita mala (mas se você tem o espírito aventureiro e de pouca vergonha que costuma acompanhar os viajantes mais, hm, econômicos, isso pode parecer bem divertido hehe).

Estou na ZOROPA, e agora?!

Ok, agora você já está no seu destino e quer se deslocar de cidade em cidade e não tá a fim de pegar mais um avião (Eu me c@#$ de medo de avião e confesso que sempre prefiro trajetos em terra). As opões aqui são: trem ou ônibus.

Passagens de trem

Eu sou suspeita pra falar porque sou meio Sheldon, eu AMO trens! Acho o máximo você viajar 12 horas num troço que não para e ainda poder dormir numa cama e ter restaurante!!! Mas saibam que nem sempre o trem é a opção mais barata. Vou dizer aqui onde procurar por eles mas cabe a você pesquisar se o trem é mais barato que o ônibus ou o avião.

Enfim, vamo lá:

Primeira coisa, existem passes de trem que podem ser adquiridos aqui eurail.com e que podem ser de vários tipos. Você pode comprar um passe que vale pra x viagens dentro de um país, ou de dois, ou três países, ou ainda comprar um Global Pass que permite que você faça até 10 viagens entre diversos países num certo período de tempo. O problema desses passes é que eles são caros (ainda mais no verão) e se você não planeja fazer todas as viagens que eles permitem, provavelmente vale mais a pena comprar passagem por passagem. Muitas vezes, mesmo com o passe em mãos você precisa pagar uma reserva, enfim, tenha certeza que isso é o melhor pra você. Eu prefiro comprar passagem por passagem nesse caso. De qualquer modo, eles tem mapas bem legais mostrando o tempo que leva de um lugar ao outro, vale a pena dar uma conferida pra planejar legal as suas viagens.

Pra procurar por passagens avulsas, o site é o raileurope.com.br. Faça sua busca, faça sua reserva e pronto, sua passagem está no seu e-mail. Jovens de até 25 anos pagam uma taxa reduzida!!
É importante lembrar que os trens têm os vagões de primeira e segunda classe. Obviamente os de segunda classe são mais baratos - e menos confortáveis. Já aconteceu de eu pegar um acento que não tinha encosto reclinável, e a viagem foi bem pouco confortável, mas no geral os trens são bem parecidos com os ônibus nesse quesito. Quanto à bagagem, fica tranquilo, os bagageiros costumam ser grandes e ficam acima do acento, dá pra colocar praticamente qualquer mala neles e não tem limite pra bagagem.

Muitas vezes os trens param em outras cidades ou outras estações até chegarem no seu destino, e muitas vezes o seu destino não é o ponto final do trem. Vale se informar sobre tudo isso, pra não perder o horário, pra não descer antes, pra não descer depois, é só prestar um pouquinho de atenção, não se assuste. Por exemplo, se você pega uma viagem curta como a que vem da Bélgica pra Amsterdam, o trem para muitas vezes e só em Amsterdam ele para três, mas é tudo muito bem informado e cronometrado!  E se algo der errado, procure alguém no trem que com certeza te ajudarão com prazer.

Eu mega feliz fazendo o que mais gosto: comer! Em um trem! Em movimento!

Passagens de ônibus

Pra uma amante de trens como eu foi bem difícil aceitar que seria bem mais barato fazer meus percursos de ônibus... mas assim, bem mais barato. Existem várias companhias de ônibus pra se viajar pela Europa, a que eu usei e recomendo foi a Eurolines. Eles oferecem um passe por um preço único com o qual você pode viajar 15 dias por todas as localidades que eles cobrem - que são muitas, desde que você não repita nenhuma localidade e faça as reservas - existe uma tarifa de reserva - com antecedência. Mais uma vez, apesar do passe ser mais prático, eu preferi comprar cada passagem individualmente pois pelas minhas contas eu economizava uns euros. As regras pro uso do passe estão aqui. Quanto a bagagem, em teoria existe um limite (uma mala grande por pessoa), mas a verdade é que cabendo no bagageiro, tá dentro! Então não se preocupe muito com isso, no máximo pode ser cobrada uma tarifa por bagagem extra mas eu pessoalmente nunca ouvi falar de alguém que teve que pagar por mala pra viajar de ônibus.
Nesse site a dica de ouro é faça as reservas com antecedência!!! Aqui, quanto antes você compra sua passagem menor é o preço que você paga! Quer um exemplo? Meu ticket de Bruxelas a Londres, que é uma viagenzinha bem longa diga-se de passagem, saiu por 5 euros + 4 euros de taxa = 9 euros. NOVE EUROS. Nove míseros euros... até hoje não acredito!
Eles também tem uma página super legal com os itnerários dos ônibus, onde você pode selecionar as cidades de onde você pretende partir e as em que você pretende chegar e você tem todas as informações de tempo de viagem, horários que os ônibus saem, etc.
Pra viagens no Reino Unido você pode procurar também nos sites do uk.megabus.com/ ou http://www.nationalrail.co.uk/.

Metrô, tram, ônibus comum

Bom, aqui só vou dar umas dicas já que cada lugar tem uma regra e um preço pra transportes municipais.
Procure por tickets de 24, 48, 72 horas. Quando oferecidos, esses tickets são bem mais baratos e te poupam de ter que ficar comprando passagem toda hora. Normalmente todos os meios de transporte estão interligados, o que é ótimo, com esses tickets você pode pegar o metrô, tram ou ônibus, o que te for mais conveniente. Mais uma vez, não é regra, mas na maioria dos lugares você encontra esses tickets nas estações de metrô/trem. As vezes dá pra comprar dentro do ônibus ou do tram mas não conte com isso, procure ter os tickets antes de embarcar.
Outra coisa, eu curto andar quando viajo porque eu acho que dá pra ver muito mais andando do que dentro do túnel do metrô, então eu sempre pergunto pras pessoas onde estou hospedada o quão longe eu estou do centro e dos lugares que eu quero ir. Pra garantir, também dou uma olhada no google maps porque nessas cidades pequenas a noção de distância das pessoas é surpreendentemente distorcida!
Diferente daqui do Brasil, na maioria das cidades europeias você fica com o ticket do metrô/ônibus/tram depois de usá-lo. GUARDE-O! As vezes ninguém vai nem ver se você tem ticket ou não, em algumas cidades nem tem catracas na entrada dos metrôs, na maioria não tem catracas ou vigia dentro dos ônibus e trams, e você acha que nunca  ninguém vai te cobrar seu bilhete e joga ele fora. Pois guarde ele até o fim da sua viagem. Se alguém resolver verificar o seu bilhete no meio do caminho e você não tiver ele pra mostrar, é multa na certa. Eu sei que não é um costume nosso, mas guarde o bilhete com você até o fim da sua viagem, pode ser útil.
*Tram é o nome que se dá ao nosso antigo bonde.


Por hora é isso que eu tenho pra compartilhar. Mas aqui vai uma dica de brasileira pra brasileira/o: Não banque o malandrinho! Eu sei que a maior economia que tem é quando você simplesmente não paga, e vou dizer, a confiança dos europeus deixa a gente bem tentados a fazer isso. Mas se o bom senso, a ética ou a satisfação de pagar por um transporte que funciona muito bem não te fizerem desistir de tentar o jeitinho brasileiro, lembre-se que se você for pego sem ticket, É MULTA, queridão! E ó, é multa em euro, na hora, sem chororô, e não é barato não. Então deixa de besteira e seja uma pessoa legal na casa dos outros.

Reza pra Santa dos cartões de crédito estourados e vai reservando tudo que vê pela frente! E bon voyage!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Trabalho em troca de estadia

Acho que nada melhor pra começar os posts aqui no blog do que essa dica que agrega valor, minha gente!
Um dos grandes problemas de viajar, seja pra onde for, é o custo com a estadia. Geralmente esse custo come quase 1/3 do orçamento e acaba estragando os planos de qualquer um. Mas, e se eu disser pra vocês que tem como viajar sem ter que pagar estadia? E mais, algumas vezes, é possível até ganhar refeições de graça!!!
Você deve estar se perguntando que diacho de milagre é esse né? Eu explico. Veja bem, é possível trocar a sua estadia e alimentação por trabalho. Isso mesmo, tra-ba-lho. Nesse momento, se você ainda não fechou a página do blog, no mínimo você tá pensando em terminar de ler pra ter mais propriedade pra me xingar no fim do post. Sugiro que você se acalme e termine de ler sem preconceitos o que eu tenho a dizer. Existem grupos, sites, onde você pode se inscrever e se candidatar a trabalhos voluntários que variam entre 4 a 6 horas diárias em diversas áreas, em troca de acomodação e, muitas vezes, em troca de no mínimo uma refeição por dia. Funciona assim:

Você se inscreve bonitinho, põe foto, faz aquele self merchan caprichado falando as suas qualidades e suas vontades, e especifica quando e onde você está disposto a ajudar. Pode ser em uma fazenda afastada, numa casa de família, num hostel, numa comunidade carente, numa estação de ski, pode ser onde você quiser (e te aceitarem, claro). Através desses sites você se candidata a vagas para ajudar um host durante algumas horas por dia, por alguns dias da semana - lembrando que sempre tem os dias de folga pra você aproveitar ao máximo sua experiência. Há uma taxa de inscrição, porém não chega a ser realmente cara e normalmente vale por no mínimo 2 anos.

Uma dica para não cair em roubada é ler pacientemente os reviews deixados pelos "ajudantes". Preste atenção se o host é boa gente, se ele trata bem os voluntários, se o que você está esperando se encaixa com o que é oferecido. No mais, aproveite a oportunidade! Pessoas no mundo inteiro estão dispostas a conhecer gente nova, de outros países, outras culturas, outros costumes, então porque não mostrar a elas?

Aqui vão alguns dos sites mais interessantes relacionados a este tópico:

workaway
O workaway é um site bastante confiável, eu mesma já entrei em contato com diversos hosts e graças a ele vou ficar um mês em Rotterdam - Holanda, ajudando num hostel bem bacana, trabalhando 5 horas por dia, com 2 folgas semanais, em troca de estadia, café da manhã e almoço (no estilo holandês, o que significa repeteco do café da manhã). A inscrição custa 22 euros para uma pessoa ou 29 euros para um casal ou 2 amigos(as) e dura 2 anos. Mesmo sem inscrição dá pra dar uma boa xeretada no conteúdo do site, sugiro dar uma olhadela no que interessa e se você achar que vale a pena, se inscreva. Existem vagas para trabalho em casa de família, em fazendas, em pequenas plantações, para ajudar em trabalhos domésticos ou reformas, cuidar de crianças, ensinar sua língua natal, enfim, são tantas possibilidades! Lembre-se que nem sempre o host é uma pessoa super ativa que atualiza o perfil diariamente, ou seja, as vezes você não recebe resposta. Mas não desista!!! Escolha várias alternativas e torça pra algumas darem certo!

http://helpx.net/
O helpex é um site com muitas oportunidades também, e é possível dar umas boas espiadas em alguns perfis mesmo sem estar inscito. Aqui você paga 20 euros por 2 anos de inscrição e da mesma forma do workaway, você pode ver e se candidatar a todas as opções que quiser. Ainda como no workaway, existem diversos tipos de vagas, desde cuidados com a casa até auxílio administrativo, basta se inscrever no que te parecer melhor e esperar pela resposta.

wwoof
Acho que esse é o mais famoso! Os wwoofers estão espalhados pelo mundo, ajudando em fazendas e outros estabelecimentos de produção sustentáveis. Aqui as oportunidades são mais específicas, sempre focando fazendas orgânicas, plantações de subsistência, implantação de ortas caseiras, enfim o rolê é mais natureba, mas igualmente satisfatório e engrandecedor. Como os wwoofers são grupos espalhados pelo mundo todo, eu não sei dizer ao certo a taxa de inscrição pra participar, cada país tem a sua, mas não deve ser muito diferente dos outros.

http://www.worldpackers.com/
Esse site é exclusivo para quem quer trabalhar em hosteis. Igualmente organizado, ele pede que você se registre antes de xeretar, mas o registro é de grátis então vale a pena!


Se você quiser procurar outros sites e oportunidades, joga no google coisas do tipo "acomodação em troca de trabalho", "acomodação em troca de alimentação", coisas assim.

Esse tipo de viagem, além de economizar os nossos humildes dinheirinhos, permite uma aproximação muito maior e muito mais profunda da cultura do lugar onde estamos. Você vai conviver com pessoas nativas daquele país, acompanhar o dia-a-dia delas, fazer suas refeições com suas famílias, brincar com seus filhos, conhecer aqueles cantinhos que só quem é local sabe chegar. Não é pra todo mundo - ainda bem né - e nem é só sobre a economia, é uma bela oportunidade de conhecer de verdade os lugares que você vai encontrar.

Dicas:
* fazendas e casas de família costumam oferecer pensão completa pro voluntário, ou seja, café da manha, almoço e jantar, normalmente em companhia da família, além de dar liberdade do voluntário usufruir das facilidades da casa e da comida na geladeira e se bobear até filar uma caroninha numa viagem de família.
* hotéis e hostéis costumam oferecer apenas o café da manhã, isso porque muitos deles não oferecem refeições para seus hóspedes, e as vezes pedem que o voluntário trabalhe durante a noite/madrugada, mas normalmente oferecem o dia seguinte de folga.
* informe-se sempre sobre qual o tempo mínimo que você deve permanecer no local, alguns hosts aceitam pessoas apenas para uma semana, outros para no mínimo 4 meses, questione!
* informe-se sobre os documentos necessários
para a sua estadia no local, alguns hosts exigem passaporte europeu ou visto de trabalho, seja por que eles te darão dinheiro para cobrir os gastos básicos, seja porque eles acham que precisa e pronto, e nesses casos, se você não tiver, bau bau (normalmente só o passaporte brasileiro tá de bom tamanho).

Espero ter ajudado! Garanto que dessa forma já dá pra planejar umas boas viagens contando com muito menos dilminhas! E sinceramente, eu acho que o conhecimento que se ganha nessas viagens é tão grande ou maior do que uma viagem estritamente turística.

Beijolas meus queridos!

Bem Vindos!

Bem vindos ao Guia do Mochileiro Pobre!

Aqui você, pequeno gafanhoto, encontrará dicas sobre como fazer as mais diversas viagens gastando pouco e se divertindo muito! Então você acha que só gente RYCAH é capaz de fazer viagens inesquecíveis? Pelo amor, meu querido! Pois saiba que guardando um dinheirinho aqui, fuçando dali, é possível fazer viagens inesquecíveis (ou totalmente esquecidas, depende do que você prefere), seja dentro ou fora do país!
Pense onde você quer ir, veja o que fazer pra chegar lá e, meu bem, CHEGUE! Veeeeenha que nada é impossível.

"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez."
Sei lá quem, sei lá quando.